O ANO DE 2016 SERÁ REGIDO PELO SOL, seguindo-se os cálculos feitos pelos antigos caldeus. Eles utilizavam uma estrela de sete pontas, que excluía Urano, Netuno e Plutão, pois somente foram avistados e reconhecidos como planetas muitos séculos depois.
Um exercício ao final de cada ano é olhar para trás e observar se os eventos daquele determinado ano refletiram ou não a energia do planeta regente.
Sobre 2015, Marte foi soberano, pois além da violência já conhecida, a barbárie dos radicais islâmicos povoou o noticiário. O planeta, ele próprio, Marte, foi vedete, permitindo que se descobrisse água e chance de vida como a nossa em sua superfície. Um filme lançado sobre a vida de um astronauta em Marte fez sucesso e o ano termina com o desastre ecológico de Mariana.
O que se poderá viver num ano sob a regência do Sol? Aparentemente, muita alegria, luz e vivacidade. Mas não é apenas isso. Acredito que a questão das “energias limpas”, como a energia solar, ocupe bastante espaço nos debates e nas ações para que não se dependa tanto do petróleo, por razões econômicas, políticas e ecológicas.
O Sol pode ser associado a “tomada de consciência”, pois sua luz “esclarece”, faz conhecer, então, um ano para a tomada de consciência dos erros que precisam ser corrigidos em qualquer esfera. Não existe nenhum tipo de engano sob a luz do Sol. Tudo é claro, nítido, o que ajuda nas investigações sobre atos corruptos, não só no Brasil, mas em qualquer lugar do mundo.
Em teoria pelo menos, ajuda muito no clima das Olimpíadas no Rio, que é também uma cidade solar, associada ao mar, céu aberto e juventude bonita. Beleza, jovialidade, vigor e amor aos esportes são temas “solares”, lembrando que Apolo, o deus-Sol era também o protetor das artes, medicina, música e poesia. Um deus com função “civilizadora”.
Se Prometeu foi o titã que ajudou os homens a evoluir por ter roubado o fogo dos deuses, Apolo, aquele que traz a luz do sol para a fertilidade nos campos, é também o princípio que permite que os homens reconheçam seus erros e possam se corrigir. Patrono do oráculo de Delfos, deus associado a Beleza, Harmonia, Equilíbrio e Razão, Apolo teve muitos filhos e romances apaixonados. Apolo, ideal de beleza grega, era também protetor dos pastores, agricultores e navegantes. Apolo era a orientação, fosse pela clareza da luz do sol, fosse pelas visões das pitonisas do seu oráculo.
Seria possível viver um renascimento do poder das artes, a valorização da medicina e a chance de encontrar soluções para futuros problemas do planeta através dos cientistas? Será que finalmente a cura do câncer e da AIDS?
Pelo menos, diferente de Marte, Apolo, jamais foi associado a qualquer tipo de violência ou guerra. Amante de outras deusas e ninfas, Apolo teve amores homossexuais, o que era comum na Grécia Antiga.Do mesmo modo que Marte ocupou as manchetes, também o Sol pode roubar a cena com algumas descobertas sobre a estrela do nosso sistema. Mais ainda, podemos pensar nas conseqüências do aquecimento do planeta e períodos de seca podem continuar ocorrendo em todo o mundo.
Já sentimos muitas influências do Sol, regente de Leão, porque estamos na Era de Aquário, o que nos obriga a viver “o eixo” Aquário-Leão. Ou seja, vivemos já muitas influências do Sol, com a valorização da beleza física, o ideal de perfeição do corpo, a valorização das crianças e da infância.
As exposições nas mídias sociais é ao mesmo tempo de Aquário, já que você envia mensagens e troca ideias com muitas pessoas, mas não deixa de ser uma experiência leonina, pois as pessoas se exibem, chamam a atenção para elas, fotografam a si mesmas, sempre sorrindo.
Leão é o poder concentrado, são os reis Luíses de França, antes que Robespierre e sua turma gritassem pela Liberdade-Fraternidade. A França, abalada pela loucura dos radicais islâmicos, é um país Câncer-Leão-Aquário-Libra. A França tem qualidades aquarianas porque é possível abrir uma aula sobre a Era de Aquário citando os revolucionários de 1789. A cultura francesa moldou o Ocidente, o que é também uma função aquariana, conhecimento distribuído para um grande número de pessoas.
Leonina, a França é conhecida pelo refinamento, moda, alta gastronomia, perfumes. Chanel e Yves Saint-Laurent eram nascidos em Leão. Tem também uma forte influência de Libra, tendo tido em duas librianas seu símbolo: Bardot e Deneuve. As histórias romanceadas, os triângulos amorosos, o país do amor. Quem não se imagina brindando com a pessoa amada à beira do Sena, taça fina de champagne na mão? A “cidade-luz”, a cidade de Leão, festejada a 14 de julho, nascida em Câncer, um signo feminino e sedutor. Adivinhe o signo de François Hollande! Leonino, nascido em 12 de agosto de 1954.
Voltando ao “poder concentrado”, a regência do Sol não significa que em 2016 teremos obrigatoriamente a formação de novas ditaduras. Leão é também fértil, valoriza os filhos, é um signo “mais família” do que se imagina. Basta ver Barack Obama, leonino, ao lado da sua Michelle e das meninas.
Se entendermos que Apolo tem uma função civilizatória e era, depois de Zeus, o deus mais venerado e invocado pelos homens e conhecido por sua generosidade e proteção, então, podemos nos sentir um pouco mais serenos. Mas, colhemos o que plantamos. Então, mesmo com a proteção do vigoroso, belo e apaixonado Apolo, precisamos nos empenhar em entender e corrigir o que for preciso.
É bom lembrar que nem o rompimento da barragem de minérios em Minas Gerais e nem o advento do chamado “estado islâmico” foram fatos “imprevisíveis”. Havia um alerta sobre a fragilidade da barragem, feita por um promotor de justiça em 2013. Um relatório foi feito pedindo medidas preventivas. Basta procurar na web. E vários cientistas políticos sabiam que quando Saddam Hussein fosse derrubado, grupos radicais e violentos ascenderiam ao poder rapidamente.
O ser humano tem hoje consciência e desenvolvimento tecnológico para dar conta de muitos problemas que ele próprio cria. Até mesmo os tsunamis e terremotos podem ser prevenidos por um modo apropriado de construção e também pelos alertas que ajudam as pessoas a fugir em tempo hábil.
Enfim, é bom evocar a proteção de Apolo e desejar um ano de renascimento de valores humanistas e investimentos nas ciências, medicina e educação. Mas será preciso também prevenir novos males, com a tomada de consciência de que a maior parte do nosso sofrimento é sempre causada por nós mesmos.