Alan Turing foi um gênio. Canceriano nascido em 23 de junho de 1912 era matemático e conhecia a inteligência das máquinas. Sua contribuição durante a Segunda Grande Guerra tornou a vitória sobre a Alemanha muito mais fácil.
Precursor dos computadores modernos foi perseguido por ser homossexual, o que era considerado “crime grave” na Inglaterra dos anos 50. Preferiu considerar-se doente a ser preso, fazendo tratamento com hormônios femininos e atendimento psiquiátrico. Especula-se que essa tenha sido a causa de seu suicídio em 1954. A Inglaterra pediu desculpas ao tratamento “preconceituoso e desumano” que Turing recebeu depois da Guerra, na pessoa do Primeiro Ministro Gordon Brown em 2009.
A história de Turing é contada no filme “O Jogo da Imitação”, que tem outro canceriano estrelando: Benedict Cumberbatch, que veio ao mundo em 19 de julho de 1976.
Na Inglaterra do final do século XIX, Oscar Wilde, libriano nascido em 16 de outubro de 1854, foi preso por manter um relação amorosa com um jovem da nobreza. Aquilo que Wilde chamava de “o amor que não pode dizer o nome”, levou-o a julgamento e condenação a dois anos de trabalhos forçados. Wilde, referência para Borges, Joyce e Beckett perdeu a carreira e a saúde, morrendo pouco tempo depois de sua libertação.
Não lamentamos apenas os homossexuais que se destacaram nas artes ou na matemática. Mas todos aqueles que foram abusados, maltratados, espancados e humilhados em qualquer parte do mundo e em qualquer século.
Como todos os meninos que dançavam na boate da Flórida até que a alegria fosse interrompida por mais um idiota que fala e mata em nome de um deus muito particular.
Só resta lamentar e torcer para que os EUA comece um dia a ter restrições para a venda de armas.
E que a festa dos meninos continue alegre em algum lugar especial, com todas as cores do arco-íris, embalada por Mercury e Cazuza.