Astrologia e Vocação – Signos e sucesso profissional

Posted on 31 de maio de 2012 by Andreia Modesto

O texto abaixo foi feito com base na experiência da Astrologia mas pouca referência faz aos signos. Cito o elemento terra (Touro, Virgem e Capricórnio) como um elemento fundamental para o desenvolvimento na carreira, por motivos óbvios – e isto será desenvolvido no texto. Acabei me motivando a fazer essa postagem porque o Nodo Norte em Capricórnio que foi tema da postagem anterior prioriza a questão família-trabalho. No antigo blogspot eu já havia feito várias postagens sobre Vocação e Signos. Sobre os Nodos, ainda falta o Nodo Norte ou Cabeça do Dragão em Câncer mas isto vai ser outra história, outra postagem. O texto abaixo pode ser de interesse geral, independentemente da visão astrológica.

SIGNOS E VOCAÇÃO – SIGNOS E SUCESSO PROFISSIONAL

Vocação significa o chamado de Deus e nem todos se sentem impelidos numa determinada direção, como se já fossem predestinados a cumprir um determinado papel. A maioria das pessoas, vive o doloroso processo de escolha, tendo que reconhecer as diferentes habilidades e interesses que possui.

Aqueles que com dezoito anos ou bem menos do que isto já sabem discernir as primeiras pedras do caminho profissional sem nenhum tipo de dúvida, são muito raros. E mais raros aqueles que ainda durante a infância demonstram um talento especial que os destaca e faz com que sejam reconhecidos por ele, embora crianças.

Existem muitas fantasias sobre o tal sucesso profissional e os caminhos que podem levar a ele – ou chegar perto dele. O talento que desponta ainda na infância ou juventude, pode definir qual vai ser a estrada mas será preciso colocar pedra sobre pedra, aperfeiçoar, torná-lo mais rico, mais valoroso para que possa realmente trazer o brilho merecido. Não são raros os exemplos de “gênios” (sobretudo nas artes) que fracassam porque acreditam que “já nascem prontos” e não conseguem planejar a carreira pelo temperamento difícil ou pela desorganização interna que promove cancelamentos, adiamentos, problemas de saúde ou altos e baixos financeiros.

Usando a linguagem astrológica, o sucesso profissional está associado ao elemento terra. Existem quatro elementos na Astrologia e o elemento terra é o elemento da construção da boa saúde, da carreira sólida e da segurança material. Mesmo que esse processo aconteça através de um dom especial para a música, que seria regido pelo elemento água.

Nosso planeta se chama Terra e temos limites bem definidos, começando pelo limite da morte, das 24 horas do dia, da fome, da sede, da paciência, da conta bancária, enfim, limites o tempo todo.

Existem pessoas que se descobrem profissionalmente em idade avançada. Recordo de duas clientes que por motivos diversos, se realizaram profissionalmente depois dos 60 anos. As histórias guardavam alguma semelhança. Ambas haviam ficado viúvas e tinham uma situação profissional mais ou menos organizada mas jamais haviam trabalhado. A primeira, sofisticada e viajada, foi aconselhada pelo psiquiatra a descobrir algum hobby que preenchesse sua vida depois da perda do marido. Começou cursos de pintura, ikebana e fotografia.

Foi reconhecida pelo talento da câmera e acabou expondo seus painéis em galerias famosas em muito pouco tempo. Venceu a depressão e conheceu um mundo novo de satisfação pessoal e criatividade.

A segunda era uma senhora mais simples que viveu para o marido e por conta da viuvez entrou em depressão profunda. Uma vizinha a convidou para arrumar sua “imobiliária de bairro”, pois havia se desligado da sócia e precisava de ajuda. Minha cliente relutou um pouco mas pressionada pelos filhos, acabou aceitando o desafio. Em seis meses começou a atuar como corretora, pois o bom papo com os clientes a divertia e além disso, ela conhecia o bairro como a palma da mão. Tornou-se sócia em pouco tempo, obtendo um retorno financeiro e uma gratificação com os quais jamais poderia ter sonhado.

Mas ninguém precisa esperar chegar aos 60 ou se deprimir para encontrar o caminho do sucesso. Basta saber estabelecer prioridades e lidar com os limites do mundo material, tendo um pouco de bom senso. Sorte? Existe sim, mas mesmo as pessoas que são “pinçadas” pela sorte, precisam de muita disciplina e auto-aperfeiçoamento para se manterem no patamar que alcançaram pela força dos bons ventos. Não é raro que o ator-mirim-prodígio se perca na juventude e desapareça na maturidade.

Muitos pessoas se reconhecem medianas. Sabem que não são especialmente boas em nada mas que têm uma tendência maior à administração ou são boas de conversa. E se optam por uma cargo administrativo ou se desenvolvem em vendas, tentam fazer o melhor que podem e é possível que a vocação acabe despertando no trabalho voluntário, no coro da igreja, nos esportes com os amigos, enfim, em qualquer outro lugar (e são muitos) em que a vida nos permita sentir o “chamado de Deus”.

Fórmulas para viver não existem. Nem o mago é capaz de fazer uma poção mágica para livrar o ser humano do sofrimento. É preciso ter alguma sabedoria para saber o momento certo de esperar e o momento certo de se atirar. As concessões feitas no início de uma carreira vão prejudicar o nome do ator com mais de vinte anos de palco ou tela TV. É preciso estar atento ao que o status profissional exige de acordo com o tempo em que se ocupa aquele papel.

Algumas pessoas podem fragmentar a vida profissional. Tenho clientes nascidos em 1975-76 que já fizeram de tudo um pouco e se saíram muito bem. Ou aos 34 anos estavam começando uma segunda ou terceira história profissional, já com o reconhecimento de todos e um bom salário ou pró-labore. É uma geração que pode quebrar com qualquer tipo de rigidez e mostrar bastante jogo de cintura sem se prejudicar na vida profissional.

Mas, voltando ao elemento terra, a grande maioria precisa de “coerência” e persistência na vida profissional, pois o que dá valor de mercado a alguém é o tempo. O tempo traz experiências, a capacidade de testar os conhecimentos obtidos e ir conquistando mais conhecimento ainda, descartar o que não serve no segmento em que atua e angariar relacionamentos dentro daquele mercado.

Ainda existe a necessidade de “ser bastante bom” naquilo que se faz embora digam que o mundo atual é dos generalistas. Não é isso o que se vê na prática.

Brincando com as palavras, a questão-chave é estabelecer prioridades. E a prioridade é se perguntar e responder:

O que é que a vida profissional representa na sua vida? O que você deseja obter do seu trabalho? Ele será um meio para obter o que é realmente importante? Ou ele será o fim, o objetivo maior de realização pessoal?

Então essa é a questão principal. O trabalho será um meio ou um fim? Ou um pouco das duas coisas?

Algumas pessoas são regidas pela “necessidade”. Vieram de famílias pobres e precisam da segurança para comprar aos 22 anos de idade, a primeira casa própria para o pai ou a mãe. Jogam-se em atividades tradicionais, procuram o Direito, a Administração e fazem um concurso público que lhes permita obter  a segurança financeira necessária. Outras são grandes herdeiras e não há como jogar a empresa (e o nome da família) para o alto e ir cantar rock ou vender pizzas. Muitas vezes com 15 anos de idade já estão se inteirando do que é que acontece dentro da empresa para ir ocupando o espaço que lhes é de direito e sobretudo, de dever.

Existem perfis e perfis. Quem busca um certo status e sofisticação pode topar “vestir a camisa da empresa estrangeira”. Vai suportar o chefe gringo mas terá algumas regalias e benefícios. Quem não suporta a idéia de receber ordens, vai arregaçar as mangas e pagar o preço – e que preço – de ser autônomo ou empresário, não importa de que tamanho.

Nem todo Capricórnio vai ser administrador, nem todo Leão vai ser capa de revista, nem todo Libra vai ser decorador. Em um outro parágrafo mencionei as gerações de 1975 e 1976       que podem fragmentar a vida profissional. Estou considerando os posicionamentos lentos desses mapas, independentemente da posição do Sol, Lua, Ascendente ou planetas pessoais.

O mapa astral é bastante complexo. A posição dos nodos lunares sempre revela o que aquele espírito traz das vidas anteriores. Um pisciano com o nodo sul (herança kármica das vidas anteriores) em Áries pode mostrar uma ambição positiva muito maior do que o signo de Netuno conhece.

Mas para escrever um livro que possa atingir e despertar um número maior de pessoas, é preciso falar de modo mais abrangente. Quem sabe, para motivar tais pessoas a fazerem os seus estudos astrológicos individuais.

Vou usar  a expressão “em teoria”. Porque em teoria analisamos de uma determinada maneira mas na prática as coisas podem mudar.

Em teoria, Saturno, Sol, Mercúrio, Meio-do-Céu, casa 10 e uma avaliação profunda da sexta casa seguida da avaliação da casa 2 indicariam a vocação ou melhor caminho profissional.

Em teoria. Pois algumas pessoas “trabalham com a Lua” ou estão no cenário da casa 12. São terapeutas, psicólogos, pedagogos ou estão dentro dos hospitais. O Nodo Norte em Virgem pode indicar a secretária de uma clínica dermatológica que atuou por 36 anos ajudando os médicos no cotidiano de trabalho. Sol e Lua em Câncer na casa 10 podem marcar o decorador bem sucedido. Quem faz sociedades, faz na casa 8, casa de Escorpião, transcendência e transformação.

Viver não é nada fácil. Fazer Astrologia menos ainda, pois se trata de uma linguagem que é preciso sensibilidade e cautela para traduzir, embora em alguns momentos, a intuição ajude um bocado.

Dica para o sucesso, não importa qual seja o seu signo solar ou ascendente: algum talento, muita vontade, todo o foco do mundo e uma boa dose de suor, empenho e sacrifício.  Coerência, persistência e humildade.