“Compromisso é uma atitude, não é uma palavra”. – anônimo
Muitos astrólogos concordam que o estudos das “sinastrias” (análise de um relacionamento) é frustrante. Alguns deles (não eu) desistiram de fazer, pois não é raro que “embora uma relação amorosa tenha tudo para dar certo e o casal confesse que se ame”, a coisa não vai muito longe.
Qual será o mistério que deixa tantas pessoas perplexas? O “conto de fadas” que começou em alta velocidade se transforma num pesadelo difícil de suportar, ou o príncipe desaparece no ar sem deixar vestígios de onde possa ser encontrado no planeta Terra.
Na verdade, o “gostar” é apenas um primeiro passo. Amor à primeira vista significa uma sintonia especial e talvez uma dose de atração que precisa ser transformada com o tempo em algo mais “consistente” para que a relação se torne concreta e duradoura.
Acredito que um ponto de dificuldade é a idealização extrema. Nos contos de fadas, parece que o “felizes para sempre” encerra a história. Mas é a partir desse ponto que a encrenca começa.
Porque conviver debaixo do mesmo teto é um desafio para pessoas que vieram de culturas e criações diferentes. O problema pode ser o fato de serem muito diferentes entre si, ou o contrário: elas são tão parecidas que a relação (convivência) se torna insuportável.
O outro ponto, é que nem sempre uma das partes realmente quer compromisso. Existem todos os ingredientes: amor, intensidade, intimidade,carinho, respeito, desejo de ficar junto em alguns dias, afinidades, amigos em comum…mas um dos parceiros não quer uma relação mais duradoura ou mais “assumida”.E depois de cinco anos de relação, resiste em usar a palavra “namoro”.
Um dos parceiros quer uma relação que lhe deixe brechas para a solteirice e não vai abrir mão de ter alguns dias de total liberdade, o que pode enlouquecer a outra pessoa, que não entende porque é que ele (ou ela) não quer “mais” desse relacionamento que tem tanto potencial!
Num documentário do Netflix que eu citei outro dia, apresentado por Morgan Freeman, uma mulher paquistanesa, depois de conquistar a autonomia profissional e financeira em Londres, vê o casamento dos sonhos ruir em apenas um ano. Retorna ao Paquistão num ano sabático, revendo seus valores e metas de vida.
Sua avó, então, lhe propõe um casamento “antigo”, ou seja,arranjado pelas famílias. E lhe apresenta dois rapazes. Ela rejeita o primeiro e se encanta com o segundo, com quem conversa por meia hora. Retorna a Londres e volta ao Paquistão depois de alguns meses para se casar com o príncipe que conheceu por meia hora.
No momento do depoimento a Morgan Freeman, eles estão completando 15 anos de casados e já tiveram dois filhos. Ela acredita que o amor pode ser aprendido pela convivência e que o mais importante para o sucesso desse relacionamento, foi o fato de que os dois realmente queriam que o casamento desse certo.
De forma alguma eu acredito que casamentos arranjados possam ser o remédio ou caminho certo. A questão é que nesse caso específico, talvez pela maturidade de ambos, o ingrediente mágico estava presente: a vontade de ficar junto e encarar a vida um ao lado do outro.
Então, talvez muito mais importante do que a conjugação de Vênus-Marte, seja esse outro ingrediente de amadurecimento na vida a dois: o desejo sincero de ficar junto e SE COMPROMETER.
Não será por palavras ou promessas que se conseguirá medir se esse ingrediente existe ou não. O “jogo de sedução” consiste em dizer exatamente o que a outra pessoa deseja ouvir para poder ganhar espaço com ela,iludir e abandonar assim que ela começa a “exigir mais”.
Será preciso tempo para ir construindo a relação, que terá alguns momentos muito alegres e positivos. E outros nem tanto.
A dica será sempre descartar rapidamente aqueles que já dizem no primeiro encontro que não querem se envolver. E se livrar ainda mais rapidamente daqueles que aos 40 ou mais idade se permitem “dar perdidos”, sumindo de repente e reaparecendo quando querem.
Mulheres do Terceiro Milênio não precisam ser reféns de homens mal resolvidos, confusos ou imaturos. Os casamentos longos do passado não eram prova de felicidade, mas de resignação, pois não havia outra possibilidade para as mulheres. Eventualmente, um casamento se destacava por ser realmente bom, mas era exceção.
Depois de atender muitas pessoas frustradas no amor, a orientação é uma só: continue buscando.
Não deixe alguém que não é conveniente ocupar um espaço que não merece. Cada dificuldade ou frustração não significa que você está menos pronta para o amor. É o contrário.
Observe as escolhas erradas que repete e mude o padrão.Continue buscando, talvez com menos ansiedade e sem inventar justificativas muito místicas para os desencontros.
“A paixão pode acontecer por acaso; mas o compromisso é uma escolha nossa”. – anônimo
“Conheça antes de amar, confie antes de julgar,comprometa-se antes de prometer”. – anônimo
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