É muito difícil “adivinhar” que alguém tenha planetas retrógrados e quais são eles. A Lua em Gêmeos pode mostrar mais dispersão do que Mercúrio Retrógrado no signo. Assim como Netuno conjunto ao Ascendente pode transmitir um ar de “mártir” ou sofrimento maior do que Netuno retrógrado em uma posição não proeminente, num mapa em que Ascendente, Sol e Lua não sejam Peixes.
Fiz questão de publicar no Facebook várias personalidades conhecidas e respeitadas na área da comunicação. Steve Jobs, Jorge Amado e Lady Gaga fazem parte dessa eclética lista.
A maior parte dos livros e sites de Astrologia, “condenam” os planetas retrógrados por serem símbolos de erros ou vícios cometidos em vidas anteriores e segundo algumas colocações, os retrógrados “atrasam” a vida de quem os possui no mapa astral.
A verdade é que a grande maioria adora dramatizar as situações e não é raro que o fim do mundo seja anunciado quando alguma posição planetária específica e diferente aparece no céu. Por enquanto, o planeta continua rodando em torno do sol.
Quando alguém fizer uma interpretação apocalíptica de qualquer posicionamento do seu mapa astral, ou alguma previsão de “fim do mundo” ou abertura de portal que vai “sugar os maus” e liberar os bons, peça que ela “fundamente” o que ela está dizendo. Ela não vai conseguir. Ela vai dizer que “ouviu dizer” de alguém que também “ouviu dizer”…
Os planetas retrógrados, que obviamente são fruto de uma ilusão de ótica, estão associados à necessidade de um aperfeiçoamento no signo e área em que atuam.
Todo movimento retrógrado é “kármico”, e não é à toa que o movimento dos Nodos Lunares é sempre retrógrado. Aquilo que faz um movimento para trás, vai ao passado para recuperar uma informação e trazê-la para o momento presente para ser avaliada, estudada e aplicada de modo mais correto (ou mais inteligente, ou mais adequado).
Não existe nada mais importante na Astrologia do que:
– praticar Astrologia – você pode ler muito, mas se não praticar, não vai ter ideia do que seja realmente um estudo astrológico.
– considerar o contexto em que uma posição astrológica aparece, pois um posicionamento astrológico só pode ser analisado em relação a todo o resto do mapa; Marte em Touro é energia voltada para a construção financeira, mas com Netuno em Escorpião fazendo oposição a Marte, a interpretação pode ser outra.
Os planetas retrógrados podem marcar uma infância em que houve uma timidez maior. Pessoas que têm três ou mais planetas retrógrados podem ser mais “internalizadas”, mais introspectivas e observadoras durante a infância. Vão desenvolver uma perspectiva muito pessoal e original sobre tudo, evitando se deixar contaminar com as opiniões do “senso comum”.
Para que uma pessoa seja considerada “retrógrada”, ela precisa ter três ou mais planetas retrógrados. A maior parte tem pelo menos um planeta retrógrado e nesse caso, o planeta só deve ser super valorizado caso seja o regente do Sol, Lua ou Ascendente, ou ainda, se estiver numa posição de muito destaque, como, por exemplo, em conjunção exata no Meio do Céu ou no Ascendente.
De todos os retrógrados, o mais “difícil” seria Marte, já que o movimento natural de Marte é para a frente. Mas não é raro encontrar Marte retrógrado nos mapas de atletas, o que significa que a agressividade do planeta foi positivamente compreendida e canalizada para o melhor de Marte: entrar no jogo e ganhar!
Vênus retrógrado é bastante comum nos mapas das pessoas que sobrevivem das artes, sobretudo, artes plásticas. Mercúrio retrógrado, como eu mostrei, é comum em mapas de intelectuais, artistas, mostrando que aquelas pessoas têm algo novo e diferente a dizer.
Quem tem muitos planetas retrógrados pode precisar de mais tempo para compreender aquela área da vida, elaborar e depois ter uma atuação mais precisa, mais aperfeiçoada, seja a comunicação, as artes, a relação com o dinheiro, os relacionamentos, a espiritualidade, etc.
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