Santo Antonio e Rei Artur, Camelot e mitos solares – Fui pesquisar sobre o motivo pelo qual Santo Antônio é o santo casamenteiro. Tendo nascido em família rica, nasceu Fernando e adotou o nome de Antônio quando se tornou frade franciscano.
Em seu tempo, século XII, as moças só casavam se tivessem enxoval e dote. Viram? As coisas já foram muito piores! E o santo de origem abastada, ajudava as jovens mais pobres a terem dote a oferecer ao noivo além de montar o enxoval.
Uma história curiosa é de uma jovem que rezou tanto para o santo, que cansada, atirou a imagem dele pela janela, atingindo um rapaz que veio a se casar com ela!!! Pura fantasia?
Há tempos comecei a pesquisar também sobre Rei Arthur e seus cavaleiros. Não existe nenhum registro de Arthur no século V, século em que teria vivido.
É possível que tenha sido um guerreiro celta que se destacou dos outros pela bravura, sendo que todos os guerreiros celtas eram meio loucos, alguns lutavam nus, o que intimidava o inimigo e iam para a batalha aos gritos, depois de beber ou se banhar na poção mágica dos druidas.
Mais curioso é que todo guerreiro celta tirava a espada da pedra, técnica que pode ser vista até hoje – basta clicar no YouTube.
Ou procurar alguém pelas bandas da Irlanda que mostre como as espadas celtas – reconhecidas por serem as melhores – eram feitas. A base ou forma era na pedra e todo guerreiro tirava sua espada pronta da pedra, oferecendo-a à deusa do lago antes e depois de ir para a batalha.
A Távola Redonda teria sido uma mesa redonda e no centro uma grande fogueira, onde os guerreiros comiam e bebiam muito quando voltavam das batalhas. Arqueólogos encontraram muitas taças, copos e garrafas em torno de mesas redondas em vários sítios, não somente Irlanda ou Inglaterra, já que os celtas ocuparam toda a Europa.
O que importa de Arthur é a lenda que se construiu sobre ele. Os celtas não deixaram nada por escrito. O que se sabe sobre os celtas, foi escrito pelos romanos, que ocuparam Britannia, mas não pisaram na Irlanda.
Saint Patrick, aquele do trevo e roupas verdes, que protege quem se entope de cerveja nos pubs, é chamado “o exterminador de druidas”, pois foi quem cristianizou a Irlanda, transformando os bárbaros celtas em cristãos.
É possível que Artur e seus cavaleiros jamais tenham existido. A lenda não era contada na Inglaterra, mas na corte francesa e foi ganhando cada vez mais elementos e se tornando cada vez mais rica e bela.
No século V, a pobreza era muito grande. Se Camelot tivesse existido realmente, seria um palácio de “pau a pique”, tudo muito rudimentar. A Inglaterra aponta vários locais que com certeza teriam sido Camelot.
Um deles, seria Glastonbury, onde Artur estaria enterrado. Anos depois dessa notícia, os monges que ocupam Glastonbury confessaram que inventaram a mentira para atrair mais peregrinos, pois eles estavam rareando.
Artur, como Jesus, é um mito solar. Uma figura masculina e seus seguidores em torno dele. Artur e os cavaleiros da Távola Redonda. Jesus, e os discípulos na última ceia. O Sol e os planetas em seu redor, desde Osíris.
O que importa não é se existiram realmente ou não, mas o que representam na imaginação humana que os criou para expressar seus ideais de valores superiores. Pena que na realidade tudo tenha sido muito diferente, do passado tão antigo até agora.