“… adotar um cachorrinho ou cuidar de plantas pode ser uma santa terapia. Livra do estresse e permite “cuidar da vida”, doar e receber amor de outros seres tão vivos como nós…” –
Meu Ascendente em Virgem pede desculpas pela frase tola. Era para escrever “tão carentes ou tão afetivos” como nós – mas as postagens para o blog e o facebook são feitas entre os atendimentos, às vezes de um modo meio Frankenstein, aos pedaços e sempre na correria e sem revisão. Foi com essa frase estranha que terminei uma das últimas postagens e queria algum gancho para poder falar sobre “pets”.
Vários amigos e clientes resolveram adotar pets nos últimos meses. Na maior parte das vezes, cachorrinhos, não cachorrões. Um deles me perguntou se os cachorrinhos têm mapa astral. SIM. Eventos, animais, empresas, empreendimentos e pessoas podem ser estudados através do mapa astral. O céu que corresponde ao momento em que aquele ou aquilo aconteceu ou começou a existir no plano material.
Sei que cada raça tem suas características próprias de temperamento e comportamento. Mas é possível também “individualizar” cada um dos pets, pelo momento do nascimento. Um cãozinho geminiano será mais esperto e vivaz do que outro capricorniano, que poderá ser extremamente leal, mas mais reservado. A posição da Lua terá uma importância enorme na análise da relação pet-pessoa, já que é símbolo da vida “doméstica” e das emoções.
Talvez as sinastrias possam funcionar muito melhor para um relacionamento entre uma pessoa e um animal do que entre dois seres humanos. Porque fatores “subjetivos” serão evidentemente menores. Instinto e sentimento (apenas) criam uma relação muito mais transparente do que aquela que pode acontecer entre duas pessoas com bagagens do passado, travas do presente e expectativas do futuro.
Psicólogos recomendam que crianças sejam estimuladas a terem pets porque desenvolvem responsabilidade e cuidado pela vida, além de estabelecerem uma relação de confiança e amizade de valor.
Animais podem ser elos de ligação com o mundo. Atendo casais que se conheceram porque os dois cachorros se tornaram amigos no passeio diário pelo bairro. É uma boa desculpa parar e perguntar como trata do pelo longo do seu cachorrinho, ou comentar que está em busca de novo veterinário, ou ainda, investigar os cuidados que uma outra raça pode exigir do dono. Quando caminho pela Av. Paulista nos finais de semana, é comum ver duas ou três pessoas conversando em torno dos animais, sempre amistosamente.
Casais em conflito relatam que depois que o “Zeus” chegou, a relação ficou mais feliz e harmoniosa, como se os cães tivessem a capacidade de despertar o que temos de melhor. Enfim, parece que cachorro é tudo de bom.
Mas, os caninos que me perdoem, o charme dos gatos é fundamental. Mais independentes e vaidosos, também trazem muita alegria para algumas crianças e adultos. Uma história sobre gatos me marcou. Uma antiga professora de francês, lembrava que durante a guerra na França, a família sabia do início dos bombardeios através do comportamento do felino.
O gato da família, manso e preguiçoso, começava a ficar irritado com tudo. Nervoso, miava alto e corria para se esconder atrás dos armários. Da primeira vez todos estranharam e ninguém entendeu o que acontecia, até que em menos de 15 minutos começaram a ouvir o barulho das bombas. Daí para a frente, quando o gato começava a rodar e se mostrava agressivo, era sinal de que os bombardeios iam começar em poucos minutos, mesmo que nenhum outro alarme tivesse ainda soado.
Enfim, se você estiver pensando num pet, avalie não somente o temperamento da raça, mas procure escolher um companheiro que seja compatível com o seu modo de ser. Se quer um cãozinho para alegrar a casa, levado e cheio de surpresas, pode escolher a ninhada de final de março ou início de abril. Se quiser uma verdadeira “lady”, vaidosa e educada, espere por setembro e tenha uma libriana ao seu lado.