“A biologia é o que menos importa se você quer ser mãe”. “Ser mãe é uma das maiores tarefas, considero que a escolha de ser mãe é a escolha de ser como um mestre espiritual.” Oprah
A maior parte das mulheres que atendo (desde sempre) cria seus filhos sozinhas. Os pais mudaram de cidade, casaram de novo ou moram ao lado, mas não visitam os filhos e nem ajudam materialmente. Ou quem sabe, por comodismo estão dentro de casa como um filho mais velho que não cumpre o papel que escolheu. Elas próprias tiveram total ausência da figura paterna e a roda vai girando.
Não é uma declaração feminista, mas um registro. As coisas estão mudando aos poucos, os rapazes acordando e desenvolvendo mais o seu lado afetivo, generoso e olhando para os filhos com uma dose maior de responsabilidade. Não é fácil ser mãe solteira, ainda que casada com o pai das crianças. Primeiro saíam para caçar, depois para as guerras e agora para qualquer crise de liberdade pessoal. Estou distante de ser feminista. Longe. Yin-Yang em equilíbrio. É um registro. Se você tem um pai realmente legal e presente, tente guardá-lo numa estufa, pois é muito raro.
Mas a postagem é dedicada a todas as mães, sobretudo, aquelas que criam seus filhos sozinhas com uma sobrecarga em suas costas. E, também aos meninos e meninas gays que optaram por terem filhos, adotados ou com barriga de aluguel, não importa. O biológico é o que menos importa. Se o sangue falasse alto, as crianças não seriam trocadas na maternidade. Dedicada às avós, tias e todos e todas que ajudaram a cuidar da renovação da vida, das novas crianças no mundo. Que continuem sendo fortes diante de tantas tarefas, cobranças e renúncias, porque não importa o roteiro, sempre vale a pena apostar na vida.