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Júpiter e Saturno em Capricórnio: pertencimento

Pertencimento no nível Capricórnio. Aproveitando Júpiter e Saturno em Capricórnio:
Quando o Sol apontava para o signo de Câncer, eu fiz um texto sobre o “pertencimento” de Câncer, uma identidade encontrada no passado, na mãe, na ancestralidade, na alma, no feminino e na origem de todas as coisas.
Uma questão fundamental enquanto Júpiter e Saturno transitam por Capricórnio é pensar sobre o “pertencimento” capricorniano, bem diferente: focado no momento presente e com total consciência do seu “poder de escolher”.
Qual o lugar que desejo escolher para mim nesse mundo? Em que lugar quero ser reconhecido ou reconhecida? Será que devo continuar num setor onde o chefe não me cumprimenta e não me responde corretamente nas reuniões?
Será que devo insistir em ser aceita na família do meu marido se em todas as reuniões me deixam de lado, sozinha e claramente esboçam preconceito?
Será que aos 40 anos já não passou da hora de deixar a casa dos pais e encontrar o meu próprio lugar no mundo, ainda que para isso diminuam as festas e viagens? Será que pertenço a esse clube ou essas pessoas me parecem fúteis demais? E esse grupo religioso que me proíbe de fazer coisas que me são prazerosas? É por aí que vou evoluir realmente?
Com Câncer é preciso olhar para trás para saber quem somos e de onde viemos. Com Capricórnio é preciso olhar o momento presente. Quem somos agora? O que criamos para nós mesmos e onde queremos estar?
Mas esse “pertencimento” capricorniano também reflete sobre o nosso lugar na família. Quero esse lugar de ser a menos competente numa família de homens? Ou o lugar de ser aquela que dá conta de tudo e resolve os problemas da família e do mundo? Normalmente, lugares já escolhidos pelos pais ou outros parentes e não por mim mesmo (a).
Qual é o lugar certo para eu trabalhar? Para morar? O grupo ao qual posso pertencer eventualmente para encontros espirituais. O grupo para as viagens, passeios, estudos.
Plutão em Capricórnio é símbolo da quebra do poder patriarcal e de mudanças históricas. Júpiter e Saturno são também planetas do “coletivo”, mas são próximos de nós e por isso nos permitem escolher com responsabilidade e lucidez qual é o lugar ao qual realmente pertencemos.
Um cliente se queixou há pouco tempo que, bem antes da pandemia, escolheu um resort acreditando que ali encontraria paz para terminar sua tese de Doutorado, escrevendo com tranquilidade. Mas esqueceu-se de que era ainda período de férias e um resort costuma ser destinado a famílias com crianças e muito barulho. Até conseguiu terminar a tese, mas com uma dor de cabeça maior do que havia pensado.
Com Capricórnio nos tornamos adultos e com certeza o lugar não será mais o colo ou o bolso dos pais. E é importante se perguntar também qual é o lugar no qual mais podemos fazer pelos outros, além de fazer por nós mesmos, já que a palavra chave do signo é responsabilidade.
É fundamental que a maior parte das pessoas consiga ter essas respostas até a entrada de Júpiter e Saturno em Aquário, na segunda quinzena de dezembro, ou seja, daqui a pouco. Porque a vibração aquariana, que também exige um “pertencimento a toda a humanidade”, não pode ser vivenciada de modo infantil.
Aquário pode ser um signo libertador e doador de conhecimento para muitos. Mas pode ser também destrutivo ou incoerente.
A construção ou consolidação do nosso lado Capricórnio é importante para que a entrada de Júpiter e Saturno em Aquário possam representar uma consciência superior diante de todos os problemas que todos nós enfrentamos.
Júpiter tem afinidades com Aquário na expansão da mente e preocupação com a justiça. Saturno pode reprimir um pouco o signo, mas talvez isso seja necessário se essa contenção ajudar a construir-consolidar um mundo novo baseado não na fantasia ou festa hippie. Mas na cooperação entre todos para atuar com coerência, foco, trabalho e boa vontade, tentando corrigir o que é preciso corrigir e aprimorar.

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