Algumas pessoas têm grande dificuldade em dizer “não” aos amigos, parentes ou colegas de trabalho e estudos. Será que a Astrologia pode ajudar a identificar os motivos desse comportamento? ao
Existem alguns signos que, em essência, desejam agradar e conquistar o apreço das outras pessoas e acreditam que não podem frustrá-las. Estabelecer limites é um exercício doloroso para elas pois elas pensam que, frustrando os desejos das outras pessoas, elas estarão perdendo também a companhia e o sentimento de amizade.
Uma boa pergunta é: porque você só pode merecer a companhia e a amizade (ou o amor) de alguém se você estiver sempre disponível para essas pessoas? Qual será a verdadeira base desse relacionamento? Na Astrologia, o signo que rege os relacionamentos é o signo de Libra. O símbolo é a balança e a dica é que os pratos devem estar em total equilíbrio, embora, ao longo de uma relação de muitos anos, é possível que durante algum tempo um dos parceiros tenha se sacrificado um pouco mais em função do outro e depois, vice-versa, é o outro que apoia e dá a sustentação que o primeiro necessita.
A inspiração para essa postagem veio pela formação da Lua Cheia em Leão que nos ensina justamente a ponderar e equilibrar a identidade (Leão) com a valorização das outras pessoas (Aquário). A doação dentro de uma relação a dois não pode apagar nossa própria luz. O amor e as amizades devem nos fortalecer, mesmo nos momentos em que mais doamos que recebemos, pois isso pode eventualmente acontecer.
Os signos que costumam ter grandes dificuldades em dizer “não” são Gêmeos, Câncer, Libra, Escorpião, Aquário e Peixes. Virgem também pode ter grande dificuldade no ambiente de trabalho, pois acaba “segurando” responsabilidades que não são suas. Tudo pode ser transformado pela estrutura do mapa astral e uma pessoa nascida em Áries, com o Ascendente em Aquário e a Lua em Peixes na casa 1 pode viver em função de minimizar o sofrimento dos outros. A leitura dos Nodos Lunares é fundamental, pois o Nodo Sul (registro e síntese de vidas anteriores) na casa 7 ou na casa 8 (espaços reservados para as outras pessoas em nossas vidas) também podem viver em função de conquistar e manter relacionamentos, muitas vezes às custas da própria identidade.
Não é raro ouvir alguém dizer que já não sabe mais falar sobre sua própria pessoa, pois nos últimos vinte anos viveu a vida dos outros, afastando-se tanto de sua própria identidade que não consegue estabelecer metas e nem reconhecer seus gostos, talentos e vontades.
O resultado curioso e inevitável é que as relações se esgotam e terminam, pois quem dá o tempo todo recebe muito pouco ou não recebe nada. Uma relação se define nos primeiros encontros, nos primeiros momentos, nas primeiras trocas de ideias. Se alguém diz ou faz algo que lhe desagrada, fique atento ou atenta porque talvez seja melhor interromper a relação imediatamente ou pelo menos, observar se foi apenas um deslize ou se é melhor pular fora.
É difícil para algumas pessoas estabelecer limites sobretudo no trabalho, pois afinal, se o chefe pede, não tem como dizer não. A questão é que se o chefe for abusado, pode ligar às 22 horas, pode ligar domingo à tarde ou lhe pedir tarefas às 19 horas, fora do seu horário de trabalho. É preciso ter um diálogo aberto e sincero para se estabelecer limites. E se for inevitável correr e preparar o que ele pediu, pode ser momento de negociar um dia livre em função do que você preparou no seu momento de folga.
Na família, no casamento e nas amizades, não fica tão claro o limite de cada um. Um cliente quase terminou o casamento porque depois do nascimento do primeiro bebê, a sogra batia à sua porta às seis da manhã todos os dias, sob o pretexto de ajudar, mas tirava a privacidade do casal que nem havia se levantado da cama depois de passar a noite em claro com a neném chorando.
Toda relação exige concessões e regras de boa convivência. São situações especiais nas quais você pode sentir satisfação em poder ajudar e apoiar parentes do parceiro afetivo ou receber uma amiga em sua casa porque ela está em uma situação difícil. Conheço pessoas que receberam amigos em casa para ficarem por quinze dias e já estão ali há três anos, sem contribuir com um tostão furado para a conta de luz ou para o supermercado. A dica é que assim que os quinze dias se esgotaram, um novo contrato (verbal) teria sido necessário. Se vamos dividir o espaço por mais tempo, então, vamos dividir as contas também!
Alguns casais fazem um exercício semanal de independência que costuma ser positivo. Na terça-feira ela sai com as amigas e às quintas ele encontra os amigos para o futebol e o chopp. É preciso lembrar que os outros devem estar em nossas vidas não apenas pelo que recebem de nós. Também pelo que recebem, mas pelo que nos oferecem e então a relação será equilibrada e com maiores chances de ser duradoura e feliz.
É preciso reconhecer que dizer “não” pode ser ajudar às outras pessoas. Dar limites é coloca-las no lugar que devem ocupar em nossas vidas e por isso, preservar a relação com base não somente no amor e na amizade, mas no respeito e reconhecimento da identidade de cada um. É a fórmula certa!