Existe um tipo de pessoa que acha que a vida “deve muito” para ela. Se você encontrar alguém que pense dessa forma, não tente argumentar que a vida é ela própria um presente e uma oportunidade. Você vai perder o seu tempo.
Nesse momento “uraniano” de mudanças, é bom jogar para o alto qualquer ego mais vaidoso, pois a proposta de Urano, positivamente, é a quebra de valores e visões que não permitiam perceber o “todo” de uma situação.
Nosso sofrimento individual é uma gotinha num oceano maior. E se algo nos falta, ótimo! Motivo para correr atrás e parar para pensar se esse algo realmente faz falta, ou se é só propaganda enganosa.
Diz um ditado que a desilusão é a visita da verdade. E essa verdade absoluta nos visita quando estamos completamente despojados, sem nenhum véu de fantasia. É nessa hora que o trem começa a andar, digo melhor, que a vida se revela com toda a sua força e inteligência, e que nossa história de vida começa a esboçar um sentido. Nem sempre o que gostaríamos de perceber.
A vida não nos deve nada. Somos nós que precisamos nos perguntar o que podemos oferecer para ela. E para quem está ao nosso lado e para nós mesmos. O processo de alquimia dos antigos místicos era a tentativa de transformar o chumbo em ouro. A maior parte das pessoas realizadas que conheço, não negou sua história de vida, mas da casquinha do limão seco fez uma bebida refrescante.
O copo não está meio vazio. O copo está transbordando, não importa se também de problemas e situações a serem resolvidas. O que não falta nessa vida é coisa para consertar. Atendo pessoas que puderam reconhecer força e talentos que jamais reconheceriam em si mesmas se não tivessem lidado com grandes desafios e frustrações.
Disse outro filósofo que “aquilo que não me mata me torna mais forte”. E que essa força possa ajudar a outras pessoas. “Melhor ser um leão por um único dia do que ser um carneiro pelo resto da vida”. Elizabeth Kenny
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