1. Sobre Vênus e Marte, mulheres e homens, feminino e masculino, dentro da linguagem astrológica, seria melhor dizer o seguinte:
    Vênus, Lua, Juno e Ceres (e talvez Eros) são os símbolos do feminino e em TEORIA, podem ter mais força no mapa astral de uma mulher do que dentro do mapa astral de um homem.
  2. Marte, Sol, Saturno e Mercúrio são os símbolos do masculino e em TEORIA, podem ter muito mais força no mapa astral de um homem do que dentro do mapa astral de uma mulher.

    São teorias. Um rapaz nascido com Sol em Câncer, pode ter uma afinidade maior com o signo lunar. Uma jovem nascida com o Sol em Aquário, pode ter uma afinidade maior com Mercúrio, Urano e Saturno e talvez Júpiter, símbolos afinados com a liberdade que Aquário representa.

    Em teoria Mercúrio pode ser masculino e feminino. Não foi isso que eu vi em tantos anos de atendimento. Porque é racional e na Mitologia é sempre o moleque, o curioso, aquele que é chamado para resolver problemas para todos os deuses. Isto não significa que uma mulher geminiana não possa ser feminina. Pode sim, mas o seu feminino virá de outros aspectos do mapa e não do Sol em Gêmeos.

    Mulheres saíram para trabalhar e ocupar um novo espaço anteriormente reservado apenas para os homens. Mas parece que intimamente continuam tão dependentes e carentes como suas bisavós que não sabiam muito além de cozinhar e costurar.

    Os rapazes estão confusos, sem saber direito como se tornarem mais femininos, generosos ou afetivos dentro desse casal novo onde ela pode ser mais bem sucedida profissionalmente e ganhar o dobro do salário dele.

    Não é raro que muitos homens saídos do primeiro e do segundo casamento, tentando pagar alguma pensão para os filhos, acabem se jogando dentro do apartamento de uma nova mulher e consigam pagar muito pouco dentro da nova estrutura.

    Numa fase de transição todo mundo paga um preço alto. Mas não acho que as pessoas eram mais felizes antigamente. Condenadas a um único casamento, sem nenhum poder nas mãos, cozinhando, passando, tendo horizontes bem estreitos e sem nenhum tipo de solução para vidas tão oprimidas, as mulheres das décadas de 20 e 30 impulsionaram suas filhas para a liberdade pessoal, para que jamais dependessem de um homem.

    A geração de 40, 50 e 60, a geração pós-guerra, saiu para trabalhar e ainda pôde contar com a milagrosa pílula para evitar filhos antes do tempo.

    Mas essa mulher “nova”, tem que entender que os homens estão tentando mudar na velocidade deles. Não se tornarão príncipes apaixonados que presenteiam com flores, pois correm tanto quanto elas e no engarrafamento não encontram nenhum florista. Ela é tão independente que prefere viajar com as amigas nas férias enquanto namoram. Não faz sentido ter um homem à moda antiga, ou vai ficar presa e controlada dentro de casa, sendo comprada por perfumes e algumas rosas…não compensa.

    Heterossexuais convictos do que gostam, não falam muito. Falam pouco, não gostam de dividir a intimidade e ao invés de discutir a relação com um terapeuta, preferem esquecer tudo depois de uma boa transa, ou pegam mala e cuecas e caem fora.

    Os homens de hoje podem ter qualquer mulher.
    As mulheres de hoje podem ter qualquer homem.

    É verdade que por mais bonita que sejam, ficaram masculinas, algumas tomam testosterona para evitar flacidez, enfartam mais cedo e demoram para engravidar porque o feminino atrofiou. A endometriose não se instala perto dos 40. Chega bem antes, até antes dos 30, os ovários policísticos, a menopausa precoce, e até o câncer de colo de útero, pelo HPV. Engravidar ficou mais difícil do que ter um encontro com um ET. Parece coisa de ficção científica que enriquece os médicos especializados naquilo que era muito natural “antigamente”.

    Não são mais ou menos felizes do que as mulheres de periferia que sem o crescimento profissional e intelectual das mulheres da classe média e classe média alta, continuam engravidando aos 14 anos e sendo parte do problema social. OU as garotas do interior que não fogem à regra e muitas vezes aos 30 anos e com três filhos, jamais estudaram e se queixam do alcoolismo do marido e da família dele.

    Voltando ao universo das mulheres que eu atendo, é curioso perceber que os homens são chamados por elas de “meninos”. “Saí com um menino ontem, tem 42 anos, é dono de uma agência de publicidade”. Fico imaginando onde será que ele é menino? No desejo de permanecer eternamente Peter Pan? No olhar assustado para ela, que decide o restaurante e o cardápio?

    Homens continuam sendo homens, chegando suados do futebol, preferindo andar de moto a passear no shopping, não prestando atenção no vestido novo ou nas luzes dos nossos cabelos.
    Sempre tiveram dificuldades com o mundo das crianças. Não são maternais. Têm se esforçado para mudar isto. Parte deles. A outra parte, continua abandonando e esquecendo os filhos como sempre – pois lugar de homem era caçando ou indo para a guerra…

    Acredito na mudança para melhor. Mas agora, estamos no olho do furacão. As mulheres querem demais. Se você quer um homem que converse muito com você, procure aquele amigo gay delicioso, artista, que cozinha bem, fala outros idiomas e elogia seu novo visual.

    Se quiser um parceiro afetivo, reconheça o afeto dele pela presença dele. E compreenda que em muitos momentos ele está realmente com você, mas pensando no chefe ou no sócio…Pode ser um companheirão de vida e ir amolecendo o coração conforme for ficando mais velho.

    As mulheres estão tão distantes do feminino que muitas vezes me perguntam o que fazer para que os homens se aproximem. Na minha época, era só passar um batom rosinha (eles detestavam bocas escuras como detestam esmaltes azuis), um decote bonito sem ser vulgar e cruzar as pernas, olhando pro alto e não direto prá ele. Com um arzinho de quem tem muito para aprender com ele. Mesmo que você já tenha feito pós-doc e ele tenha largado a primeira faculdade. Descobrir e admirar sua inteligência é para outro momento…